segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Suzuki V-Strom 1000 retorna "domável" e com mais recursos

Mais fácil de pilotar, a nova big trail apresentada na Europa chega com motor renovado, embreagem deslizante, controle de tração e freios ABS


Lançada em 2002, a Suzuki V-Strom 1000 se tornou um sucesso entre as big trail por unir o conforto e a polivalência das suspensões elevadas a um motor de 1.000cc originalmente projetado para uma esportiva. Mais orientada ao asfalto, ela também marcou pelo motor temperamental, onde uma aceleração mais brusca podia assustar os pilotos mais desavisados. Descontinuada em 2008 por não atender às normas de emissão de poluentes, a V-Strom 1000 retorna às concessionárias europeias renovada, fácil de pilotar e com mais recursos.
O antigo motor de 996cc sofreu tantas melhorias que se trata praticamente de um propulsor novo, segundo a Suzuki: pistões com diâmetro 2 mm maior (suficientes para aumentar a capacidade do motor para 1.037cc), duas velas por cilindro, um novo e maior radiador (de água, substituindo um segundo radiador de óleo), entre outras mudanças, fazem parte desse pacote de alterações. O aumento de potência foi de apenas 3 cv, passando para 99,2 cv a 8.000 rpm, e o torque em baixas rotações teve um aumento significativo, passando de 10,2 kgf.m a 6.400 rpm para 10,5 kgf.m a apenas 4.000 rpm.
Apesar de todo esse torque disponível em baixas e médias rotações, a Suzuki optou em programar a injeção para tornar a entrega de potência suave o suficiente para facilitar a pilotagem. É o primeiro modelo da fabricante equipado com sistema de controle de tração; disponível em três níveis de intensidade, o recurso controla (ou evita) as escorregadas da roda traseira em fortes acelerações ou ao passar em pisos de baixa aderência. Ela também conta com embreagem deslizante, que impede o travamento da roda traseira em fortes reduções, e freios ABS, tornando-se a moto com mais recursos eletrônicos da marca.
Outras mudanças foram realizadas para tornar a pilotagem ainda mais fácil: aumento do entre-eixos, direção mais leve e ágil pelo novo ângulo de cáster de 25°, contra 26° da versão anterior, e chassi 13% mais leve, sem perder resistência. As suspensões também foram aperfeiçoadas, assim como os freios; o dianteiro, com discos de 310 mm, recebeu pinças monobloco com fixação radial como nas motos esportivas, que tornam a frenagem mais estável com a moto inclinada.
A posição de pilotagem da nova V-Strom também é mais confortável, com guidão e pedaleiras ligeiramente recuados para relaxar os braços e distribuir melhor o peso nas pernas, e banco mais fino na frente para facilitar o apoio dos pés no chão. Já o para-brisa tem ajuste rápido de inclinação (feito apenas com as mãos) e ajuste de altura (com o auxílio de ferramentas). As novidades se completam com o painel – que traz informações de consumo médio e instantâneo, temperatura do ar, controle de luminosidade e marcha engatada –, uma tomada 12 volts e o novo tanque de combustível, com capacidade de 20 litros; são 2 litros a menos em prol da agilidade. A nova Suzuki V-Strom 1000 ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.

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