O novo Lupo chega em 2014 e substituirá o longevo Gol G4
O plano Strategy 2018, apresentado em novembro de 2009, pretende tornar a
Volkswagen o maior fabricante de automóveis do mundo. O prazo para o cumprimento da meta é de oito anos, como o nome do projeto deixa claro, e pretende vender mais de 10 milhões de carros no ano pelo grupo em todo o mundo. Para dar certo, a empresa precisará de produtos de grande volume. O primeiro a ser produzido no Brasil será o Lupo, sobre o qual o conceito up! já deu uma boa ideia, mas com mudanças. A maior delas no motor.
Quando foi apresentado, o up! se propunha a ser um sucessor do
Fusca, com motor traseiro. Seria fabricado sobre a plataforma MHB, mas a ideia era que, assim como o modelo que o inspirou, ele fosse um carro do povo, barato o suficiente para ser comprado por muitos. Isso tirou a plataforma MHB de cena, considerada cara, e deu origem à plataforma AA.
Também chamada de NSF (de New Small Family, ou nova família pequena), a plataforma AA, criada sobre a do PQ25, o
Polo de quinta geração, servirá a subcompactos como o Lupo e suas variações
Seat (Arosa), Skoda (City) e talvez
Audi, exclusivamente elétrico, e aos compactos, como
Gol e
Fox(as próximas gerações de ambos, pelo menos).
Ela faz parte de um passo importante para o Strategy 2018: lançar novos produtos e simplificar o modo de produzi-los. Segundo declaração de Thomas Schmall, presidente da VW brasileira, ao jornal O Estado de S. Paulo, em outubro, o objetivo do carro é conquistar consumidores dos segmentos C e D, cuja importância no mercado deve dobrar de tamanho nos próximos anos.
As 15 plataformas atualmente utilizadas pela empresa serão reduzidas para quatro: a AA, a MQB, para carros médios e médios-grandes, com motor transversal, a MLB, para carros grandes, com motor longitudinal, e a MMB, com motor central. Só sobre a arquitetura MQB serão produzidos 43 modelos diferentes, incluindo um
A3 sedã, inédito até hoje.
De todas, a única que deve ser usada no Brasil é a AA. Isso por causa do perfil de nosso mercado, voltado quase exclusivamente a modelos compactos. Os médios, com volumes mais baixos de vendas, devem vir do México, onde já são produzidos para atender aos EUA. O sonho de um novo
Golf feito no Brasil, portanto, está cada vez mais distante.
O Lupo terá 3,45 metros de comprimento, 1,63 de largura e 1,50 de altura, o que o opõe ao
KiaPicanto em dimensões. Se esse parece um investimento arriscado, considerando as vendas de subcompactos no Brasil, vale lembrar que a
Fiat trabalha em um, também para 2014, chamado de “city car”, que aposentará o Mille; que a
Ford cogita produzir o conceito Start para substituir o
Ka; que a GM trabalha no
Chevrolet Spark, pelo projeto Ônix; e que até a novata JAC já tem seu subcompacto, o J2, para 2012.
Estas projeções, realizadas a partir de documentos oficiais, mostram que, em estilo, o Lupo mudou pouco em relação ao up!, assim como o conceito IROC é quase igual ao Scirocco. Os retrovisores são os mesmos do Gol e do Fox. Fica na traseira a maior diferença do conceito e do carro de produção: a tampa será de metal, não de vidro, e não reta, mas arredondada.
O pulo do gato do Lupo é seu baixo custo de produção, que ameniza o custo de desenvolvimento alto, igual ao de modelos maiores, com margens de lucro idem. A produção mais em conta permite amortizar o investimento em menos tempo, mesmo com preço abaixo dos 20 000 reais estimados para o carro.
Quando for lançado, o Lupo criará uma nova hierarquia: ele fica na entrada, entre 20.000 a 30.000 reais, seguido pelo Gol, de 30 000 a 40 000 reais. O Fox ocupará o lugar do Polo, que não terá a quinta geração por aqui, apenas uma reestilização.
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