Edcarlos Pereira da Costa e outro homem morreram no acidente. Carreta invadiu pista contrária e bateu de frente com Fiat Uno onde estavam as vítimas
Imprimir
Nadyenka Castro e Viviane Oliveira
O policial militar Edcarlos Pereira da Costa, 31 anos, morreu no acidente ocorrido na tarde desta quinta-feira na BR-163, saída para São Paulo, perto do distrito de Anhanduí, em Campo Grande.
Ele, um amigo que também morreu, e Rogério Paraguai Alves, 28 anos, ocupavam um Fiat Uno, de placas de Ivinhema, que foi colhido de frente pela carreta de placas de Canoas, Rio Grande do Sul, dirigida por Gilberto Ottima Rialbert, 50 anos.
De acordo com o delegado João Reis Belo, informações repassadas a ele pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) indicam que a carreta invadiu a pista contrária ao fazer uma ultrapassagem e bateu no carro de passeio.
O Fiat Uno seguia em direção ao sul do Estado e em sua frente outras duas carretas. Estas duas deram passagem para a outra, de Canoas, que trafegava no sentido contrário e fazia ultrapassagem. Com isso, bateu de frente com o Fiat Uno.
Edcarlos e o amigo morreram no local. Um dos corpos foi arremessado do veículo e o cadáver do outro atravessou o pára-brisa traseiro, ficando somente os pés dentro do carro.
O motorista da carreta envolvida no acidente estava bastante abalado e disse que é caminhoneiro há 30 anos e nunca tinha se envolvido em acidente. Ele contou que seguia para Campo Grande e que o veículo estava com carga, mas não soube dizer do que.
Edcarlos confessou à PRF (Polícia Rodoviária Federal) que havia ingerido bebido alcoólica, fez exame de alcoolemia, o qual apontou menos do que o proibido (0,10 miligramas).
O carro de passeio ficou completamente destruído. A carreta teve danos leves e o motorista saiu ileso. No asfalto, na pista do Uno, ficaram marcas de freadas da carreta.
Rogério foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para a Santa Casa. Enquanto era socorrido declarou que ele e os amigos voltavam de São Luís, Maranhão, e seguiam para Ivinhema, onde moram.
Trânsito - O veículo de carga ficou atravessado na via. Por conta disso, a rodovia chegou a ficar completamente interditada. Depois, o trânsito foi liberado em meia pista, em alternância de sentidos, mesmo assim houve congestionamento.
O caminhoneiro Valdeniro Thesche, 56 anos, conta que há 34 anos está na profissão e que sempre que vê um acidente fica revoltados. Em relação a este, conforme ele, a revolta é maior “porque dá para ver pelas marcas no asfalto que quem provocou o acidente foi a carreta”.